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Como é a visão de uma pessoa que tem glaucoma? 5 pontos de atenção

O glaucoma é uma condição oftalmológica crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, a doença ocorre em cerca de 2,5 milhões de pessoas com mais de 40 anos, segundo dados da Sociedade Brasileira do Glaucoma (SBG).

Muitas vezes chamado de “ladrão silencioso da visão”, o glaucoma é uma doença progressiva que pode causar danos irreversíveis ao nervo óptico, levando à perda gradual da visão. 

Por conta disso, compreender como a visão é afetada pelo glaucoma e os principais pontos de atenção em relação à doença é essencial. 

Com isso, você vai entender melhor sobre a importância do diagnóstico precoce e de buscar por um tratamento adequado o mais rápido possível.

A seguir, confira como é a visão de uma pessoa com glaucoma, além de 5 pontos de atenção em relação à doença.

Boa leitura!

O que é glaucoma?

O glaucoma é uma doença de progressão silenciosa, que pode ser definida como o aumento da pressão intraocular, que ocasiona uma lesão no nervo óptico.

Apesar de ser bastante comum em pessoas com mais de 40 anos, o glaucoma pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, sendo também considerada uma doença hereditária, ou seja, que pode ser passada dos pais para os filhos.

Porém, é fato que pessoas com 40 anos ou mais estão mais propensas a desenvolver glaucoma. Portanto, todo o cuidado é pouco em relação à saúde ocular nesta faixa etária.

Vale dizer que, por ser uma doença silenciosa, é bastante comum que a maioria das pessoas afetadas pelo glaucoma não saibam que sofrem com a doença. 

Por conta disso, quanto antes for realizado o diagnóstico e iniciado o tratamento, maiores são as chances de sucesso no controle do glaucoma.

Principais tipos de glaucoma

Você sabia que existem diferentes tipos de glaucoma? Entre os mais conhecidos estão os glaucomas de ângulo aberto e de ângulo fechado. Porém, existem outros. Confira um pouco mais sobre eles a seguir.

Glaucoma de ângulo aberto

É considerado o tipo mais comum de glaucoma. Em geral, se desenvolve lentamente, de forma silenciosa e ao longo do tempo. 

No glaucoma de ângulo aberto, o sistema de drenagem do olho, conhecido como ângulo de drenagem, parece normal, mas o fluido aquoso não é drenado eficientemente. 

Isso resulta no aumento gradativo da pressão interna do olho, causando danos ao nervo óptico e, consequentemente, à perda progressiva da visão periférica.

Glaucoma de ângulo fechado

Neste tipo de glaucoma, o ângulo de drenagem entre a íris e a córnea é mais estreito, bloqueando a saída do fluido aquoso e aumentando a pressão intraocular rapidamente. 

Diferentemente do glaucoma de ângulo aberto, o de ângulo fechado pode causar sintomas muito mais súbitos e graves. Entre eles: dor ocular intensa, náuseas, vômitos, visão embaçada e halos coloridos ao redor das luzes. 

Glaucoma de pressão normal

Algumas pessoas possuem o chamado glaucoma de pressão normal. Neste caso, a condição não é causada devido ao aumento da pressão intraocular, podendo ocorrer por outras doenças que provocam má circulação sanguínea. 

Contudo, é igualmente importante tratar o glaucoma de pressão normal. Isso porque as alterações no fluxo sanguíneo podem reduzir a quantidade de oxigênio nas células do nervo óptico. Sem tratamento, essa condição pode levar o paciente à cegueira irreversível.

Glaucoma secundário

O glaucoma secundário resulta de outras condições oculares ou sistêmicas, como lesões oculares, inflamações, tumores, diabetes, uso prolongado de esteroides e outros fatores. 

Glaucoma congênito

Por fim, o glaucoma congênito é uma condição rara dos olhos que afeta desde recém-nascidos até crianças por volta dos 3 anos. 

Sua principal causa é o aumento da pressão interna do olho, devido a um acúmulo de líquido.

Caso não seja tratado, esse tipo de glaucoma pode levar à cegueira, por isso o diagnóstico precoce é extremamente importante. Atualmente, é realizado um exame-base para detectar a condição logo cedo, o chamado “teste do olhinho”.

Como o glaucoma afeta a visão? 

O glaucoma pode se desenvolver durante meses ou anos sem apresentar nenhum sintoma. Por isso é chamado de doença silenciosa. Muitas vezes, os sinais só aparecem na fase mais avançada, quando a pessoa começa a notar a perda da visão. 

A seguir, confira como o glaucoma pode afetar a visão.

1. Perda progressiva do campo visual

Com a perda do campo visual, a pessoa afetada começa a perder a capacidade de enxergar áreas específicas, a chamada perda da visão periférica. 

Contudo, com o avanço da doença, é possível que a perda da visão também ocorra em áreas mais centrais, levando a uma redução global do campo visual. 

2. “Visão de Túnel” 

A perda da visão periférica, também conhecida como “visão de túnel”, ocorre quando o dano ao nervo óptico começa a prejudicar a capacidade do olho de captar informações visuais nas bordas do campo de visão. 

Assim, conforme a perda de visão periférica avança, o campo de visão se estreita progressivamente, enquanto a visão central permanece relativamente intacta. Essa redução gradual do campo visual pode ter um impacto significativo nas atividades diárias, como dirigir, atravessar a rua ou trabalhar.

3. Visão Embaçada ou “neblina”

Muitas pessoas com glaucoma relatam uma sensação de visão embaçada ou de neblina. Isso acontece por conta da redução da nitidez da visão, e também pela perda de contraste causada pelo dano ao nervo óptico. 

Nesse sentido, a visão embaçada pode dificultar a percepção de detalhes, a leitura de textos ou o reconhecimento de pessoas e objetos, por exemplo. Essa sensação de neblina tende a se intensificar à medida que a doença progride e o campo visual diminui.

Como identificar o glaucoma? 5 pontos de atenção

Além da perda do campo visual, existem outros sintomas que podem ajudar você a reconhecer o glaucoma a tempo. 

Como já reiteramos bastante, o glaucoma pode ser bastante silencioso, portanto é muito importante não ignorar possíveis sintomas e estar atento aos sinais da doença. 

A seguir, confira 5 pontos de atenção que podem ajudar a identificar o glaucoma.

1. Visão periférica comprometida

Como você já sabe, uma das características do glaucoma é a perda gradual da visão periférica. 

Neste caso, sua capacidade de enxergar objetos fora do campo de visão central começa a diminuir, progressivamente. É a famosa “visão de túnel” que falamos anteriormente. Se você notar qualquer tipo de comprometimento em sua visão, procure um oftalmologista.

2. Dificuldade em enxergar à noite

Pessoas com glaucoma podem ter dificuldade de enxergar em condições de pouca luz, durante à noite, por exemplo. 

Isso acontece porque as células da retina responsáveis pela visão em condições de baixa luminosidade são afetadas pelo dano do nervo óptico. Com isso, a adaptação às mudanças de luz pode ser mais lenta e perceptível.

3. Perda de contraste

Um dos sinais do glaucoma é a redução na capacidade de distinguir diferenças sutis de contraste. Por exemplo: você pode ter dificuldade em perceber objetos em fundos semelhantes, o que prejudica a realização de tarefas simples, como dirigir e cozinhar, por exemplo.

4. Visão de “halos” 

Um possível sintoma do glaucoma é visualizar halos coloridos ao redor das luzes, especialmente em ambientes pouco iluminados. 

Esse fenômeno ocorre devido à pressão que circula na parte frontal do olho. Assim, o glaucoma danifica o nervo óptico, resultando em alterações na maneira como a luz é processada pelo olho afetado. Esse sintoma também pode vir acompanhado de dor nos olhos e vermelhidão, dores de cabeça e visão turva.

5. Redução da precisão visual

Conforme o glaucoma progride, a perda de visão também pode afetar sua acuidade visual, ou seja, a capacidade de enxergar objetos e pessoas em detalhes mais nítidos. 

Isso pode prejudicar atividades como leitura, reconhecimento facial e tarefas que exigem uma maior precisão visual. Em estágios avançados, a visão central também pode ser gravemente comprometida.

Principais riscos associados ao glaucoma 

Como já mencionamos, existem alguns riscos associados ao glaucoma, que devem ser considerados no trato com a doença. Entre eles, o principal é a idade avançada. Afinal, à medida que envelhecemos, o risco de desenvolver a doença aumenta. 

Apesar de comum em pessoas acima de 40 anos, o risco de glaucoma atinge seu pico de incidência entre os 60 e 70 anos, quando o risco de desenvolver a doença é maior. Especialmente se houver outros fatores de risco presentes, como a diabetes.

Outro ponto de atenção é o histórico familiar. Isso porque essa é uma doença que pode ser passada de geração em geração. Nesse sentido, se um parente de primeiro grau, como pai ou irmão, tiver glaucoma, o risco de desenvolver a doença é ainda maior.

Além disso, certas condições específicas de saúde também podem estar associadas ao risco de glaucoma, incluindo problemas como diabetes e hipertensão.

Lesões oculares também devem ser levadas em conta, assim como o uso prolongado de medicamentos, como os corticoides. Em algumas pessoas essa substância pode aumentar a pressão interna do olho, causando o chamado glaucoma secundário.

A importância da detecção precoce

Você já sabe que o glaucoma pode se desenvolver durante meses ou anos sem apresentar nenhum tipo de sintoma. Por conta disso, é muito importante realizar exames regulares e estar com suas consultas oftalmológicas sempre em dia. Principalmente se alguém em sua família já possuir um diagnóstico de glaucoma.

Por ser uma doença silenciosa, pessoas com glaucoma correm o risco de identificar a doença quando a visão já estiver danificada. Em alguns casos, a falta de tratamento gera problemas irreversíveis. Justamente por isso o diagnóstico precoce é tão importante. Assim como buscar o tratamento mais adequado para o seu caso logo nos estágios iniciais da doença. 

Pessoas que possuem parentes portadores de glaucoma, indivíduos com mais de 40 anos, pacientes com alto grau de miopia e diabéticos devem estar ainda mais atentos para a realização de seus testes de rotina. Não deixe o glaucoma te pegar de surpresa: realize seus exames oftalmológicos regularmente.

Como tratar o glaucoma?

Por fim, é importante saber: quais são os principais tipos de tratamento para o glaucoma? Em geral, assim que descoberta, os primeiros tratamentos da doença são feitos à base de colírios, a fim de aliviar os primeiros sintomas. 

Do mesmo modo, existem também alguns remédios que podem ser ingeridos de forma oral. Em alguns casos, a utilização desse tipo de medicamento pode até mesmo resolver o problema, desde que o glaucoma seja considerado leve.

Assim, em geral, o tratamento pode ser feito:

  • Com colírios medicamentosos;
  • A partir de cirurgias a laser;
  • Por meio de procedimentos cirúrgicos tradicionais.

Tudo vai depender da necessidade e especificidade do seu caso. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece todos os medicamentos necessários para o tratamento do glaucoma por meio do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF).

Para saber qual tratamento é indicado para o seu caso, é preciso consultar um médico oftalmologista especializado, que poderá indicar a melhor forma de tratar o glaucoma, conforme o seu diagnóstico.

Conte com a Pioner: como uma ótica pode ajudar

Ao lidar com um glaucoma, é extremamente importante buscar a maior qualidade de vida possível durante o processo de tratamento. Para isso, uma boa ótica pode auxiliar na seleção de óculos adequados para o seu caso, maximizando a sua visão, mesmo com a presença do glaucoma.

Profissionais especializados podem orientar na escolha do melhor tipo de lentes e do melhor óculos, assim como a possibilidade de adicionar proteção contra raios UV e outros tratamentos voltados para pacientes com a condição.

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